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CRM destaca potencial do carvão na matriz energética brasileira

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Dragline
20140116113044drigline_ii__4_.jpg - Foto: CRM

Apesar de em 2013 os projetos oriundos do carvão não terem emplacado nos leilões, a perspectiva é que se abram novas oportunidades neste ano, alicerçadas em pesquisa e tecnologia. Conforme o engenheiro de minas e gerente técnico da Mina de Candiota da Companhia Riograndense de Mineração (CRM), Douglas Loureiro, o carvão mineral tem potencial para ser aproveitado como um combustível que auxilia no equilíbrio da matriz energética diversificada, com segurança ambiental quando atrelado a tecnologias para maior aproveitamento dos seus constituintes.

 

O presidente da Companhia, Elifas Simas, destaca que o carvão é um excelente combustível para gerar energia na boca da mina e em processos de gaseificação, além de funcionar como propulsor do desenvolvimento na geração de emprego e renda. “Quem diz o contrário demonstra total desconhecimento ao afirmar que o carvão gaúcho é ruim”, ressalta.

 
 Garantia energética

 

         No País, a produção de energia elétrica a partir do carvão mineral representa cerca de 1,5%. É um índice baixo em comparação com a hidrelétrica que ultrapassa os 75% e a eólica que ainda não representa nem 1% e vem ganhando o aval dos ambientalistas. “Apesar de renováveis, estas fontes também impactam e trazem insegurança para o setor”, explica o gerente de meio ambiente da CRM, Marcel Fróes. Conforme ele, há alguns anos os reservatórios das usinas hidrelétricas garantiam até dois anos de seca, hoje em dia montou-se um modelo que impede a formação de reservatório. Acerca da energia eólica limpa e sustentável, Fróes aponta que não é perene e não gera energia em períodos de pouco vento. “Quanto menores os reservatórios das hidroelétricas e maior a participação de eólica, maior a necessidade de energia de reserva. Sem essa reserva, tem-se a necessidade de ampliação das termoelétricas como garantia energética nesses períodos”, acentua, ressaltando que o carvão mineral muitas vezes não é considerado uma alternativa estratégica para a matriz energética.

 

O superintendente da Mina de Candiota, engenheiro José Fernando Oliz, esclarece sobre a utilização do carvão no mundo. “Enquanto países desenvolvidos como a Alemanha e Estados Unidos têm 50% de carvão na matriz energética, aqui no Brasil aproveitamos muito pouco esta energia firme e sustentável. Na Alemanha, por exemplo, cerca de 23GW de energia nuclear serão substituídos, em grande parte, por energia gerada pelo carvão mineral”, acentua.

 

Preservação ambiental

 

Fróes afirma que a extração e geração de energia termoelétrica evoluíram consideravelmente nos últimos anos. Os processos tendem a avançar ainda mais e, com o passar do tempo, as preocupações ambientais aumentaram. “Em nossa unidade, além de recuperar as áreas atualmente em mineração, estamos corrigindo o solo de passivos ambientais lavrados em uma época em que não havia legislação ambiental que contemplasse a regeneração de solos degradados pela mineração”, comenta.

 

Tecnologia e alternativas sustentáveis

 

O engenheiro Elifas Simas destaca que a tecnologia atual possibilita a obtenção de novos produtos e sequestro de agentes nocivos ao meio ambiente agregando valor ao carvão. “Como exemplo, a gaseificação do carvão, além de produzir energia, pode resultar na produção de subprodutos de uso industrial, como o hidrogênio, que pode ser utilizado também como combustível, fertilizantes, além da consequente redução do enxofre emitido”, cita. Neste contexto a gaseificação e a carbonização do carvão aparecem como alternativas importantes e que estão ganhando fôlego e vontade política.

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