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Com maior jazida de carvão do Brasil, RS ainda importa mais de 60% da energia que consome

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Equipe da Companhia esteve presente nas três Audiências
20140815142125web_20140814_candiota_apbage_tractebel.jpg - Foto: CRM

O cenário energético brasileiro e gaúcho pautaram a última Audiência Pública que debateu a implantação da Usina Termelétrica (UTE) Pampa Sul em Candiota. Realizado pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais) e Tractebel Energia, empresa responsável pelo empreendimento, o evento, que aconteceu no Complexo Cultural do Museu Dom Diogo de Souza, na noite de quarta-feira, 13/08, em Bagé, reuniu lideranças locais e regionais, bem como empresários e estudantes de áreas afins.

O engenheiro Hugo Stamm, representante da Tractebel, reforçou em sua fala que o empreendimento se justifica frente às necessidades de energia do país, visto que o atual sistema está vulnerável a fatores climáticos, sendo o carvão uma alternativa viável e que possibilita segurança energética. “O Rio Grande do Sul tem a maior reserva de carvão mineral do país, mas a energia que utiliza não é a energia gaúcha, posto que importa mais de 60%”, comentou.

A audiência foi a terceira e última a ser realizada, sendo a primeira em Candiota na segunda-feira, 11 e a segunda em Hulha Negra na terça, 12. Ainda há um prazo de 15 dias para possíveis manifestações. Quando encerrado, a Ibama poderá conceder a Licença Ambiental para o empreendimento, precedido das Licenças Prévia (LP), de Instalação (LI) e de Operação (LO). Mesmo com a licença, Stamm ressaltou, mais uma vez, que a concretização está atrelada à venda de energia no Leilão A-5, do Ministério de Minas e Energia (MME), em setembro próximo.

O engenheiro, que nas audiências discorreu sobre as questões técnicas da UTE, enfatizou a tecnologia de ponta a ser usada, através das caldeiras CFD. “Trata-se de um sistema diferente dos atuais onde o carvão é pulverizado. A nossa usina trabalhará com carvão em leito fluidizado, garantindo menores emissões de poluentes”, sintetizou. 

De acordo com Stamm, são duas máquinas de 340MW, resultando em 680 MW, num projeto de quase R$ 2 milhões, gerando até oito mil empregos no segundo ano de construção.

A Companhia Riograndense de Mineração (CRM), que será a possível fornecedora do carvão, deverá abrir uma nova mina para atender a demanda. Na audiência a Companhia foi representada pelo superintendente da Mina, José Fernando Oliz, pelo gerente de meio ambiente, Marcel Fróes e pelo assessor de Meio Ambiente da Superintendência de Engenharia, Édson Beltrame de Aguiar, entre outros colaboradores da unidade mineira. 

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