Um grupo de engenheiros da Companhia Riograndense de Mineração (CRM), formado por Cesar Duarte, Jorge Gavronski e Ney Sá Junior, realizou em setembro uma viagem de pesquisa para Moçambique e África do Sul. A visita aos dois países africanos foi viabilizada pela Rede Carvão e pela Fundação de Apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (FAURGS), com verba do Ministério da Ciência e Tecnologia.

A equipe realizou diversas visitas técnicas, começando pelas minas a céu aberto das empresas Vale e Rio Tinto, na jazida da região de Moatize, em Moçambique. Segundo os engenheiros, estas visitas propiciaram conhecimentos importantes sobre a concepção e operação das minas de carvão, abrangendo a lavra e o beneficiamento.

Ainda em Moçambique o grupo esteve na Electra Mining 2012, uma das maiores feiras mundiais de equipamentos para mineração, construção, indústria e geração de energia, onde conheceu as novidades do setor. As visitas foram acompanhadas pelo engenheiro Edson Petter, ex-funcionário da CRM, que hoje reside e trabalha em Moçambique.  

Já na África do Sul os engenheiros da CRM estiveram em duas minas subterrâneas da Empresa Exxaro, na região de Witbank/Kriel, onde conheceram os métodos de “shortwall” e “câmaras e pilares” no processo de lavra subterrânea de carvão mineral.  O grupo também participou de uma reunião com executivos na ESKOM, empresa geradora, transmissora e distribuidora de energia elétrica do Governo da África do Sul, que apresentou um projeto sobre gaseificação do carvão.

A última atividade da agenda foi uma reunião com os pesquisadores do Centro de Pesquisa Mineral da Universidade da Cidade do Cabo. O objetivo foi conhecer os trabalhos e as pesquisas desenvolvidas na instituição para a recuperação de efluentes sólidos e líquidos de mineração.

Segundo Ney Sá Junior, a viagem foi muito importante pela troca de conhecimentos e a experiência que oportunizou. “Ver como outras empresas de mineração trabalham e conhecer as novidades tecnológicas do setor nos possibilita trazer ideias novas para serem implantadas também na CRM”, destacou o engenheiro.